domingo, 4 de dezembro de 2011

Desistir?

É muito difícil encontrar companhia…  à medida que o tempo vai passando,o crivo vai se estreitando, porque agora já não me sacio com as frivolidades juvenis. Preciso de sal: muitos são os corpos salgados, poucas são as mentes. O tempo avança e me distancio. Minhas projeções são cada vez mais intensas, porque já é raro encontrar uma paixão percuciente.
Mas as projeções passam, as situações me fazem cair na real.
E depois, tudo fica claro.
Desistir é mais complicado ainda, porque o curso dos livres-arbítrios pode jamais se entrelaçar, apesar de tantas semelhanças. Mais uma vez, os fatídicos azares da vida podem afastar para muito distante, talvez para o mar do esquecimento, a companhia que lhe supre (física e mentalmente).
Um “sim”, hoje, repercutirá em todo um trajeto, longo, muito longo.... que talvez um “não” pudesse abreviar sepulturalmente.
Eis um jogo de escolhas complexo como o de encontrar companhia e como o de desistir delas.